domingo, 28 de novembro de 2010

O que é clonagem?

A palavra clone (do grego klon, significa “broto”) é utilizada para designar um conjunto de indivíduos que deram origem a outros por reprodução assexuada.

A Clonagem é o processo natural ou artificial em que são produzidas cópias fiéis de outro indivíduo (homem, animais, etc.), ou seja, a clonagem é o processo que formará um clone.

O termo clone foi criado em 1903, pelo botânico norte-americano Herbert J. Webber, segundo ele, o clone é basicamente um descendente de um conjunto de células, moléculas ou organismos geneticamente igual à de uma célula matriz.

O processo de clonagem natural ocorre em alguns seres, como as bactérias e outros organismos unicelulares que realizam sua reprodução pelo método da bipartição, além disso, o tatu também produz um clone através da poliembrionia.
No caso dos humanos, os clones naturais são os gêmeos univitelinos, ou seja, são seres que compartilham do mesmo material genético (DNA), sendo originado da divisão do óvulo fecundado.


No processo de clonagem artificial existem várias técnicas de clonagem, uma delas permite clonar um animal a partir de óvulos não fecundados, sendo este processo conhecido desde o século XIX, estes processos eram praticados pelos horticultores que obtinham clones de orquídeas, que através de tecidos meristemáticos de uma planta matriz, originava dezenas de novas plantas geneticamente idênticas.


Para Discutir...

              Deve-se clonar um ser humano? Podem-se usar células de embriões em fase inicial de desenvolvimento para o tratamento de doenças? Seria ético que os pais escolhessem o sexo e outras características da criança, como cor dos olhos e dos cabelos?



FONTE: http://fpslciencias.blogspot.com/2010/05/clonagem.html

Como funciona a clonagem?

domingo, 14 de dezembro de 2008

Como funciona a clonagem?

Introdução













Em 8 de janeiro de 2001, cientistas da Advanced Cell Technology Inc. anunciaram o nascimento do primeiro clone de um animal, um bezerro de gauro (um grande bovino selvagem da Índia e sudeste da Ásia) chamado Noé. Apesar de Noé ter morrido de uma infecção não relacionada com o procedimento, o experimento demonstrou que é possível salvar espécies ameaçadas por meio da clonagem.
Clonagem é o processo de criar um organismo geneticamente idêntico por meios assexuados. Ela tem sido usada por muitos anos para produzir plantas (até cultivar uma planta a partir de um corte é um tipo de clonagem). A

Foto cedida por Advanced Cell Technology, Inc.
Noé foi um dos primeiros animais a ser clonado
­clonagem animal tem sido objeto de experimentos científicos por anos, mas atraiu pouca atenção até o nascimento do primeiro mamífero clonado em 1997, uma ovelha chamada Dolly. Depois da Dolly, vários cientistas clonaram outros animais, inclusive vacas e camundongos. O recente sucesso da clonagem de animais gerou debates acirrados entre os cientistas, políticos e o público em geral sobre o uso e a moralidade da clonagem de plantas, animais e possivelmente humanos.
Neste artigo, vamos examinar como funciona a clonagem e ver os usos possíveis dessa tecnologia.



Produzindo clones: vida vegetal

A natureza tem clonado organismos há bilhões de anos. Por exemplo, quando um pé de morango gera uma muda de micropropagação (uma forma de ramo modificado), uma nova planta cresce onde a muda se enraíza. Essa nova planta é um clone. Uma clonagem parecida ocorre com grama, batatas e cebolas.
Reprodução
Reprodução sexuada envolve a fusão de dois conjuntos de DNA (um do esperma do pai e outro do óvulo da mãe) para produzir uma prole nova que é geneticamente diferente dos pais. Reprodução assexuada (sem sexo) produz uma prole que é geneticamente idêntica ao organismo do pai único.
As pessoas têm clonado plantas de uma maneira ou de outra por milhares de anos. Por exemplo, quando você corta um ramo de uma planta e enxerta em outra (propagação vegetativa), você está clonando a planta original porque a nova planta possui a mesma composição genética da planta doadora. A propagação vegetativa funciona porque a extremidade do corte forma uma massa de células não especializadas, chamada de calo. Com sorte, o calo crescerá, se dividirá e formará várias células especializadas (raízes, ramos) e finalmente formará uma nova planta.

Mais recentemente, os cientistas foram capazes de clonar plantas, pegando partes de raízes especializadas, extraindo as células da raiz e cultivando-as em uma cultura rica em nutrientes. Na cultura, as células especializadas se tornam não especializadas (desdiferenciadas) em calos. Os calos podem então ser estimulados com os hormônios de planta adequados para crescerem e se tornarem novas plantas, que são idênticas à planta original de onde as partes da raiz foram retiradas.

Diagrama da clonagem de plantas através da propagação de cultura de tecidos
Este procedimento, chamado propagação de cultura de tecidos, tem sido amplamente usada por horticultores para cultivar valiosas orquídeas e outras flores raras.



Produzindo clones: reino animal

As plantas não são os únicos organismos que podem ser clonados naturalmente. Os ovos não fertilizados de alguns animais (pequenos invertebrados, vermes, algumas espécies de peixe, lagartos e sapos) podem se desenvolver em adultos plenamente crescidos sob determinadas condições ambientais - normalmente algum tipo de estímulo químico. Este processo é chamado de partenogênese e a prole são clones das fêmeas que depositaram os ovos.
Outro exemplo de clonagem natural são os gêmeos idênticos. Apesar de serem geneticamente diferentes dos pais, os gêmeos idênticos são clones entre si e que ocorrem naturalmente.
Os cientistas já experimentaram com a clonagem animal, mas nunca foram capazes de estimular uma célula especializada (diferenciada) para produzir diretamente um novo organismo. Em vez disso, eles transplantam a informação genética de uma célula especializada em uma célula de óvulo não fertilizado cuja informação genética foi destruída ou removida fisicamente.
Nos anos 70, um cientista chamado John Gurdon clonou girinos com sucesso. Ele transplantou o núcleo de uma célula especializada de um sapo (B) em um ovo não fertilizado de outro sapo (A) no qual o núcleo foi destruído por luz ultravioleta. O ovo com o núcleo transplantado se desenvolveu em um girino que era geneticamente idêntico ao sapo B.

Experimento de clonagem de sapo de Gurdon
Apesar de os girinos de Gurdon não terem sobrevivido até se tornarem sapos adultos, o seu experimento mostrou que o processo de especialização em células animais era reversível e sua técnica de transferência nuclear abriu caminho para sucessos posteriores em clonagem.

Dolly

Em 1997, a clonagem foi revolucionada quando Ian Wilmut e seus colegas do Instituto Roslin em Edinburgo, Escócia, clonaram com sucesso uma ovelha chamada Dolly. Dolly foi o primeiro mamífero clonado.

Foto cedida pelo Instituto Roslin
Dolly (esquerda)
Wilmut e seus colegas transplantaram um núcleo de uma célula de glândula mamária de uma ovelha Finn Dorsett no ovo desnucleado de uma ovelha Blackface escocesa. A combinação núcleo-ovo foi estimulada com eletricidade para fundi-los e estimular a divisão celular. A nova célula se dividiu e foi colocada no útero de uma ovelha Blackface para se desenvolver. Dolly nasceu meses depois.

Diagrama do procedimento de transferência nuclear que produziu os primeiros mamíferos clonados
Dolly provou ser geneticamente idêntica às células mamárias Finn Dorsett e não à ovelha Blackface, o que demonstrou claramente que era um clone bem-sucedido (foram feitas 276 tentativas antes de dar certo o experimento). Dolly depois disso cresceu e reproduziu várias proles próprias através de meios sexuados normais. Portanto, a Dolly é um clone viável e saudável.
Desde a Dolly, diversos laboratórios universitários e empresas empregaram várias modificações da técnica de transferência nuclear para produzir mamíferos clonados, inclusive vacas, porcos, macacos, camundongos e Noé.

Por que clonar?

A principal razão de clonar plantas ou animais é produzir em massa organismos com as qualidades desejadas, como uma premiada orquídea ou um animal fruto de engenharia genética. As ovelhas, por exemplo, foram alteradas geneticamente para produzir insulina humana. Se tivéssemos de recorrer apenas à reprodução sexuada (cruzamento) para produzir em massa esses animais, correríamos o risco de atenuar as características desejadas porque a reprodução sexuada reembaralha o baralho genético.
Outras razões para a clonagem podem incluir a substituição de animais de estimação perdidos ou falecidos e repopular espécies ameaçadas ou até extintas. Independente da razão, as novas tecnologias de clonagem geraram muitos debates éticos entre os cientistas, políticos e público em geral. Vários governos já consideraram ou promulgaram leis para diminuir, limitar ou banir completamente os experimentos com clonagem. É claro que a clonagem fará parte das nossas vidas no futuro, mas os rumos dessa tecnologia ainda não foram determinados.

FONTE:http://potentii-biology.blogspot.com/2008/12/como-funciona-clonagem.html

Animais clonados nos supermercados

15.01.2008


Depois de quatro anos de estudos e análises, a agência que regulamenta alimentos e remédios nos Estados Unidos aprovou o consumo da carne e do leite de animais clonados. É o que informa de Nova York a correspondente Giuliana Morrone.
Vacas e porcos. No total, 600 animais clonados e milhares de bezerros de clones foram analisados. Foram quatro anos de estudos e 13 trabalhos científicos.
Em um relatório de quase mil páginas, o departamento americano que controla alimentos e remédios concluiu que os produtos derivados de animais clonados não fazem mal à saúde. Foi a primeira resposta científica sobre os riscos de consumo de alimentos derivados de clones.
O bife de clone ainda deve demorar a chegar aos supermercados americanos. Uma vaca clonada custa cerca de US$ 25 mil, quase R$ 50 mil. Hoje, é prejuízo ir para o abate. Mas a decisão vai permitir novos investimentos para que bezerros de clones, no futuro, virem carne de açougue.

Os níveis de nutrientes da carne e do leite de animais clonados foram comparados com os de animais tradicionais. A conclusão dos pesquisadores do governo americano é que não existe diferença de qualidade. Portanto, os supermercados nem serão obrigados a acrescentar uma etiqueta para o consumidor informando: "carne de vaca clonada".


Carne de vaca clonada é vendida na Inglaterra

FONTE:http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1669276-3586-776710,00.html


Clonar animais extintos é possível, mas improvável, sugerem estudos

21/05/08 - 14h11 - Atualizado em 21/05/08 - 14h23

Mesmo que DNA aparentemente intacto exista, alterações são quase irreversíveis.
Além disso, clonagem em si é arriscada; por enquanto, só sorte permitirá feito.



Devagar e sempre, a biologia molecular está chegando cada vez mais perto do sonho de recriar um animal extinto. O último feito do tipo, anunciado nesta semana, envolveu o tigre-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus), uma espécie de lobo marsupial da Austrália que desapareceu por causa da caça indiscriminada nos anos 1930. Pesquisadores americanos e australianos usaram tecidos do animal com um século de idade para extrair trechos do DNA do bicho. Depois, inseriram esse material genético -- um regulador da formação de cartilagens -- em camundongos. Após sete décadas, o DNA dos tigres-da-tasmânia voltava a funcionar. A pergunta é: dá para ir além?

Uma das últimas imagens obtidas de um tigre-da-tasmânia em cativeiro, nos anos 1930 (Foto: Reprodução)
 
 
 
FONTE:http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL489312-5603,00-CLONAR+ANIMAIS+EXTINTOS+E+POSSIVEL+MAS+IMPROVAVEL+SUGEREM+ESTUDOS.html
 

Royal Society quer que ONU proíba clonagem humana


22 de setembro de 2003 • 15h47 • atualizado às 15h47


A organização científica britânica Royal Society se uniu hoje às mais de 60 instituições científicas de todo o mundo que exigem que a ONU proíba mundialmente a clonagem humana reprodutiva. "As notícias sobre recentes tentativas de clonar seres humanos por parte de cientistas sem escrúpulos alertaram a comunidade científica no mundo todo", explicou Lorde de Oxford, presidente da Royal Society, considerada a academia de ciência mais prestigiada do Reino Unido. "Como cientistas e cidadãos, precisamos nos assegurar de que a tecnologia não está sendo má utilizada", acrescentou.
A Royal Society assina deste modo a declaração do Painel Interacademias (PIA), que convoca todas as academias nacionais de ciências do mundo a apoiarem a aprovação de um documento que impeça a clonagem humana reprodutiva e que exclua desse veto o uso dessa técnica com propósitos terapêuticos.
No próximo dia 29, durante a Convenção Internacional contra a Clonagem de Seres Humanos, o PIA apresentará uma declaração conjunta ante um comitê especial da ONU. O objetivo é que as Nações Unidas pressionem todos os governos mundiais a tornar ilegal a clonagem reprodutiva de seres humanos, porém, excluindo da proibição o uso dessa técnica com propósitos terapêuticos.
Isso suporia diferenciar entre a simples multiplicação de seres humanos e a clonagem com fins terapêuticos, que consiste em extrair células de um embrião antes que este chegue em estágios implantáveis e possam ser utilizadas para produzir células mães (aquelas que ainda podem se tornar em outros tipos específicos de células), com o fim de regenerar tecidos e órgãos.
A clonagem terapêutica de embriões humanos poderia servir para tratar doenças degenerativas, entre elas o mal de Parkinson, o mal Alzheimer, a diabetes e a insuficiência renal e hepática. Muitos países rejeitam a clonagem humana reprodutiva, tanto por suas implicações éticas como por se tratar de uma técnica com grandes imperfeições, segundo os cientistas.
O presidente da Royal Society afirmou que existe um consenso "aflito" entre os cientistas para tornar ilegal a clonagem humana. Por outro lado, as opiniões sobre os aspectos éticos da clonagem terapêutica variam de países para outros.
Mais de 16 mil cientistas de todo o mundo e mais de 60 academias, como a Academia do Terceiro Mundo das Ciências, a Academia chinesa das Ciências, a Academia Francesa das Ciências e a Academia Nacional dos Estados Unidos das Ciências, assinaram a declaração do PIA.



FONTE:http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI146984-EI297,00.html

Quais as vantagens da clonagem?

As principais vantagens da clonagem são:
- A
preservação
de animais em extinção;
-
Desenvolvimento
de animais imunes a algumas doenças que são contagiosas;
- Clonagem de células humanas para tratamento de doenças, como: pâncreas para diabéticos e de células do sangue para os leucêmicos.

Clonagem de Macacos

A clonagem de macacos foi feita nos Estados Unidos utilizando as mesmas técnicas da ovelha Dolly.
A grande diferença deste tipo de clonagem foi pelo fato de utilizarem células de um embrião e não de animais adultos como o caso da ovelha Dolly.

Os geneticistas foram além da reprodução sexual


A indústria de clonagem já é um grande negócio.
Empresas de biotecnologia apressam-se a patentear a tecnologia de clonagem. Do grupo de cientistas que domina a clonagem, o Dr. James Robl – Geneticista da Universidade de Massachusetts, detém o recorde de clones geneticamente alterados.
Há alguns anos não havia competição. "De repente, a possibilidade de clonar a partir de células que possam ser facilmente cultivadas e geneticamente modificadas, abriu a área para imensas aplicações com um elevado potencial comercial. Desenvolvemos uma técnica que pode ser a base de uma indústria que se prevê possa vir a valer no futuro entre 8 e 15.000 milhões de euros”.

Tudo começou com a ovelha Dolly e quando chegar o momento de escrever a história da nossa era, a criação desta pequena ovelha irá certamente sobressair. Dolly foi a o primeiro clone do mundo criado a partir duma célula adulta de um animal vivo. Antes da Dolly os geneticistas acreditavam que, quando uma célula se especializava, como por exemplo uma célula dérmica ou mamária, as instruções genéticas para criar outra vida eram desfeitas. Os criadores de Dolly obrigaram as células a hibernar, privando-as de alguns nutrientes. Esta privação fez com que o material genético celular recuasse no tempo, até a um estado em que pudesse criar vida novamente. Foi um momento que alterou a noção da vida e de como ela pode ser manipulada.
“Virou tudo ao contrário porque todos os dados sugeriam que esta operação funcionaria e de repente vemos que aconteceu. E obrigou a repensar todo o nosso sistema”.

Então como se faz um clone?
Inicia-se com a recolha de ADN em células fetais, células embrionárias ou mesmo da pele de animais adultos. Uma das técnicas de clonagem com mais sucesso acontece numa sala mantida a 43ºC - a mesma temperatura do útero de uma vaca. A criação do clone acontece numa placa Petri sob a potente lente dum microscópio.

Com os braços dum micro-manipulador o núcleo do óvulo é extraído, criando um ovo sem instruções genéticas, para mais tarde receber o ADN de outra célula. Um choque eléctrico estimula o material genético a criar vida. Mas para chegar ao nosso mundo os clones precisam ainda de uma "barriga de aluguer".
Uma vez implantados no útero da "barriga de aluguer", os clones em crescimentos são monitorizados. E apenas uma em cada noventa e cinco gravidezes resulta num clone que acaba por nascer. Enquanto isso, os geneticistas assumem o papel de mães nervosas e verificam o progresso do clone com ecografias de rotina.


De facto, os geneticistas foram além da reprodução sexual: inventaram uma nova forma de conceber vida e “assumem-se, não como criadores, mas como manipuladores por manipularem um sistema complexo e maravilhoso, em prol da humanidade” (Dr. James Robl ).
Estes “poderosos” até podem não se sentir “todos poderosos” no seu trabalho mas, tecnicamente, estão a criar novas formas de vida.
O ADN duma espécie pode agora ser adicionado ao de outra, produzindo-se assim animais geneticamente alterados: os transgénicos.

“Podemos fazer um grande número de seres idênticos mas também podemos fazer alterações genéticas. E podemos fazê-las já, com o pouco que já fizemos e com uma eficiência razoável. Passou-se do ponto em que era apenas um projecto de pesquisa para a comercialização. E dentro de poucos anos haverá certamente um grande número de clones disponíveis para compra” (Dr. James Robl ).
Existem já por isso, muitos animais que são potenciais fábricas de medicamentos. Os geneticistas experimentaram adicionar um gene humano ao ADN duma vaca. O objectivo era o de obter uma vaca feita por encomenda com medicamentos no seu leite para produzir leite já com proteínas humanas, as mesmas usadas para criar medicamentos raros e vitais para vítimas de queimaduras, doentes com fibroses císticas (funcionamento anormal das glândulas produtoras do muco, suor, saliva, lágrima e suco digestivo) ou hemofílicos (incapacidade de controlo de hemorragias).
A vaca transgénica pode tornar mais acessíveis estes medicamentos, que são normalmente dispendiosos e assim criar um negócio milionário. E não é só isto que se pode fazer com o leite de vaca humanizado. Já há vacas que produzem uma proteína humana no leite. No limite podemos prever a substituição de todas as proteínas do leite da vaca pelas do leite humano. Ao mugir uma vaca, retiramos leite humano.

Dr. Peter diz que “o potencial médico por si só é impressionante”.


Todos os anos há cerca de 55.000 pessoas em lista de espera para o transplante de um órgão que lhes possa mudar a vida. Os porcos transgénicos podem ser os futuros dadores. Mas antes de um transplante destes poder ser feito, há ainda muitos outros obstáculos a ultrapassar e um dos maiores é o perigo da introdução de vírus estranhos na raça humana uma vez que sempre que interferimos com a natureza, as consequências são uma surpresa.

Neal First, pai da Dolly e pai da clonagem, diz que: “colectivamente não queremos aprovar leis nem permitir situações em que as pessoas possam fazer algo inconsequente. Mas se um indivíduo precisa de algo, somos uma sociedade compreensiva e desde logo queremos ajudar.”

No seu laboratório da Universidade de Wisconsin, a sua equipa alargou as fronteiras de clonagem usando pedaços emprestados de vários animais e reprogramaram os óvulos da vaca para criar embriões de outros animais: clonagem por cruzamento de espécies.
Nesta situação, se a célula do dador for a de um porco ou de um primata nascerá um porco ou um primata e não o meio-termo como algumas pessoas pensavam. Será um porco ou um primata completo. First usa os óvulos duma espécie como recipiente universal do ADN da outra espécie.
Quando esta técnica de clonagem for aperfeiçoada alguns dos animais mais raros e em perigo de extinção poderão ser salvos como por exemplo, os pandas, os tigres siberianos ou o mico-leão-dourado.
Mas algo de ainda mais espantoso pode estar a desenhar-se no horizonte: alguns cientistas acreditam poder criar clones a partir dum ADN antigo, com o objectivo de ressuscitar espécies extintas. A confirmar-se, poderemos recriar um verdadeiro Parque Jurássico!!!
E já agora, será que nos podemos clonar a nós próprios?
É um tema controverso…
L.G.